Talvez pelo momento delicado que estou vivendo, de solidão, melancolia e decepção, com aquela sensação de que vivi uma ilusão por muito tempo, a carência afetiva me levou a buscar consolo num artifício. Confesso que foi um impulso. Passados dias recebi a imagem ao lado.
Imaginem a minha surpresa quando reconheci a feição de um namorado dos meus idos 20 anos. Não vou negar, fiquei desapontada. Não porque tenha algo contra essa pessoa, de jeito nenhum. Era um ótimo rapaz, motoqueiro, roqueiro, cheio de vida, mas, na época, eu me separei dele, porque o achei muito imaturo. Nesse período ele acabou tropeçando numa gravidez e casou. Muito jovem.
De um lado, o pai, sogro, avô da criança com uma arma apontada, de outro, os próprios pais, desgostosos, bastante idosos, com idade para serem avós do filho, e filhos que pareciam pais e mães do irmão, e uma boa herança. Sei que foi um choque para ele de repente ser pai e marido. Anos depois fiquei sabendo que ele estava feliz, uma informação que me fez bem na época e me tranquilizou. À época do acontecido, ele estava tão desesperado e assustado que queria retomar o namoro. Mas era aquela situação em que se vê tudo negro, e qualquer ideia na cabeça, vira solução para fugir de algo que parece assustador, mas depois tudo se ajeita e a vida flui, tranquila, com os altos e baixos, e os sobressaltos, como tem que ser, para a gente crescer.Enfim, aqui estou eu com essa imagem, nada convencida desse lance de alma gêmea. Até estou precisando muito encontrar uma boa alma, melhor ainda se for gêmea... rsrsrs... Mas deixemos o passado lá atrás, e deixemos a vida seguir o seu fluxo, apenas confiando que tudo passará. O importante é seguir o caminho, ou não, porque há rios, cujo curso, precisa ser mudado e talvez, nesta altura da vida, da minha vida, seja esse um mal(?) necessário, mas que no futuro será resignificado como um bem oportuno. Alons y!
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