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quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Tesouro dos remédios da alma

"No Egito, as bibliotecas eram chamadas de "tesouro dos remédios da alma". De fato, nelas curava-se a ignorância, a pior das enfermidades e a origem de todas as outras." (Jacques Bossuet).
 
A palavra informação tem sua origem na antiga Roma, vindo do latim, deriva de informare, que significa "dar forma",  já para a palavra arquivo não há grandes certezas, acredita-se que sua origem pode ter surgido na antiga Grécia, como arché e evoluído para archeion que significa "local de guarda e depósito de documentos", e a palavra biblioteca, vem do grego Biblio (livro), e teque (caixa, depósito). 

Nem sempre, no entanto, as bibliotecas foram usadas para armazenar livros, até porque, historicamente, os mecanismos de armazenamento de informação, acompanhavam a
tecnologia da época. Já foram usadas tabletas de argila, rolos de papiro e pergaminho, e os códices da era medieval. 
As bibliotecas da antiguidade eram similares às da era medieval. Eram usadas principalmente para resguardar documentos, com um sistema precário de preservação e acesso. Eram rolos e rolos de papiro, e posteriormente de pergaminho que davam status e poder a imperadores. Eram escritos de intelectuais gregos, romanos e egípcios. Uma grande biblioteca desta época era a biblioteca de Alexandria, a mais antiga que se tem registro data de 3.400 a.C. na Suméria. 
As primeiras bibliotecas medievais encontravam-se dentro de mosteiros e o acesso ao seu acervo era permitido apenas aos pertencentes a ordens religiosas. Nesta época as folhas de pergaminho já tinham dado lugar aos códices, de aspecto parecido com os livros.
O modelo que mais se aproxima dos dias atuais, como disseminação democrática da cultura, são as bibliotecas universitárias surgidas na Idade Média, pouco antes do Renascimento. Ainda que ligadas a ordens religiosas, começavam já a ampliar o conteúdo além da religiosidade. Até meados do século XIX, as bibliotecas empregavam eruditos ou escritores para exercer a função de bibliotecário, mas logo surgiu a necessidade de um profissional especializado.
E chegamos ao mundo contemporâneo, à chamada era da informação, onde as facilidades da tecnologia têm papel essencial, tornando a informação outrora tão rara, cara e sofisticada, em produto barato, comum e fácil. Vivemos hoje imersos em informação, vindas de todo o canto do mundo. Assim, mais importante que a informação é o discernimento, a disciplina e metodologia para buscar o conhecimento nesse emaranhado de informações que chegam a cada minuto do dia, daí a importância de valorizar essas facilidades e respeitar valores e interesses. A informação é um universo multifacetado, disponível e proporcional à diversidade de interesses que movimentam o buscador/consumidor.
Aqui entra o olhar atento e analítico dos profissionais que criam, produzem, coletam, manipulam, armazenam, analisam,  e desenvolvem metodologias para resgatar os profissionais e estudantes perdidos nesse ruído excessivo de informação que pode ofuscar o potencial de produtividade. Desta forma, a ciência na gestão da informação se torna ferramenta útil para conduzir o buscador, direcionando-o para a ferramenta que melhor o atenderá, na sua necessidade.
Uma das comodidades do espaço virtual é não precisar deslocar-se até a biblioteca,  já a formação e função do bibliotecário vem se sofisticando cada vez mais, e hoje talvez funcione mais como uma interface entre o usuário e a informação. 
Apesar de toda a sofisticação que o mundo tecnológico proporciona, a biblioteca não perdeu o significado histórico e funcional, e segue reconhecida e consagrada por seu papel de democratização, inclusão, armazenamento e disseminação da informação e do conhecimento.

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